quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Por Trás da Máscara: Supergirl.

O Por Trás da Máscara dessa semana é sobre a Supergirl. Sim, nenhuma introdução anunciando a personagem, só falarei o nome dela: Kara Zor-El

É um pouco difícil escrever sobre personagens que você ama, você sempre tem que tentar controlar a dose de emoção nas palavras, então embora eu esteja tentando ser o mais fria que consigo, vocês vão ver muito amor nesse texto.

Todo mundo conhece o Superman, ele foi o primeiro herói entregue as massas, vemos Batman, Mulher Maravilha, Robin... Até ai tudo bem, cada um tinha seu motivo pra existir, mas a Supergirl eu vejo como um golpe de misericórdia. Todo mundo sabe que quando há personagens mulheres nas historias, things get wild. Sempre vemos a erotização delas na  maioria das paginas, diga-se de passagem o uniforme da Wonder Woman. Mas a Supergirl não teve esse tipo de criação de mulher fatal e tal. Ela foi criada pra ser aquela garotinha que vai dar porrada em todo mundo. Uma jovem adolescente com todos os poderes do herói mais poderoso da editora? Aposto que ela foi baseada na filha muito amada de alguém.
Supergirl foi criada em 1958 por Otto Binder e Curt Swan, na época ela não possuía nenhum alter ego e nesse ano de de 58 apareceu em apenas um arco. Sua integração na editora se deu devido a vontade de impor um teor mais descompromissado em HQs de super poderosos, com Superman sendo carro chefe da editora e a Mulher Maravilha representando o gênero feminino, coube a Supergirl lidar com problemas mundanos e errar enquanto descobre seus poderes, basicamente mostrando todas os problemas que o Superman passou até se tornar o homem justo e maduro que se tornou. Os escritores originais queriam que ela fosse uma filha de Clark, mas demoraria bastante ate que a personagem crescesse, sem falar no fato de que eles teriam que acelerar seu romance com Lois Lane, o que não era uma opção viável. Então optaram por outro tipo de parentesco e o jeito mais promissor de fazer isso era dando à Kal-El uma espécie de fraternidade,uma prima que seria criada como irmã mais nova de Clark.
Em 58, na sua primeira aparição (única durante aquele ano), ela foi uma consequência de um desejo do Jimmy Olsen. Jimmy tinha adquirido poderes místicos (aah a década de 50) então desejou que Superman tivesse alguém  par ajuda-lo a conter um enorme asteroide revestido com kriptonita. Como Jimmy era um um garoto com os hormônios a flor da pele, ele então imaginou alguém para ser a mulher mais poderosa do mundo, obviadamente. Quem não faria isso? Mas graças a forças maiores os engravatados gostaram demais da ideia, só precisavam deixar ela mais coesa.
Depois disso, temos a versãopré-crise (já desacreditada há mais de dez anos), onde o Prefeito de Argo City, Zor-El conseguiu desenvolver uma espécie de redoma para danos externos o que  fez com que a cidade sobrevivesse à chuva de asteroides que destruiu Krypton. Não vendo futuro para a cidade a longo prazo, Zor-El decide enviar sua filha em um foguete para o mesmo planeta onde estaria seu primo. Porém, muita coisa não era explicada nessa origem. Por isso, em 1985 durante a saga "Crise nas Infinitas Terras", foi decidido que o Anti-Monitor mataria Supergirl e nas histórias que se seguiram pós crise não haveria quem tivesse lembranças dela.
Um pouco antes da Crise Infinita, surgiu novamente o que seria uma prima do Superaman que se viria também a se tornar Supergirl.

A nova história de Kara é bastante parecida com a do Homem de Aço, ambos vieram do mesmo planeta e casa (como eram camadas as famílias lá em Krypton), no caso, a casa El. Enquanto Clark foi posto em um foguete ainda bebê por seu pai Jor-El, o irmão mais velho dele, seu tio, o consultou para saber sobre o que fazer, pois nenhum pai quer ver seu rebento morrendo. Então colocaram a menina em outro foguete, porém ela já era um adolescente de mais ou menos uns 15 anos. Acontece que enquanto Jor-El era especialista em mecânica, maquinas e viagens intergalácticas, Zor-El tinha conhecimentos apenas de seu planeta, sua função em Krypton seria semelhante à de um geólogo aqui na Terra. Além disso, como moravam em cidades diferentes não tiveram exatamente como compartilhar das mesmas cordeadas em relação ao método de transportes de seus filhos. Por isso enquanto Kal-El (Clark) voou diretamente para Terra, enquanto Kara ficou à deriva em algum lugar no espaço e só chegou cerca de mais ou menos 20 anos após seu primo. Agora, imagine a surpresa da garota ao encontrar aquele bebezinho cujo ela trocava fraudas agora sendo o maior herói de um planeta, e com super poderes.
 É importante saber que o que fornece essa gama de habilidades extraordinárias aos kryptonianos é o sol amarelo no qual a Terra orbita, pois em Krypton, o planeta estava a mercê de um sol vermelho, o que fazia com que os kryptonianos fossem normais. O contato com outro tipo de gama solar expande características desses alienígenas, como força, audição, visão, entre outras mais. Digamos que eles se alimentam dos raios de sol, e uma vez privados disso eles se tornam pessoas comuns (o que muitas vezes é usado para neutralizar seus poderes).
No pré-reboot, a Supergirl não tinha uma revista solo, mas ao invés disso fazia constantes aparições na revista da Batgirl. Na época, Bárbara Gordon era oráculo e quem assumia o manto da bat-família era Stephanie Brown. Steph e Kara se tornaram muito amigas, suas conversas inicialmente falavam sobre como detestavam a forma como seus "responsáveis" as tratavam, não confiando tanto nelas quanto eles deviam, e a partir disso surgiu uma bela amizade. Elas faziam rondas em conjunto, normalmente em Gotham City, pois Supergirl sempre teve mais facilidade em se locomover entre grandes distâncias.

Na origem do novo reboot, os Novos 52 trazem um choque de realidade muito evidente, Kara primeiro não consegue acreditar no que ouve com Krypton, e isso mesclado com a tristeza de saber que todos que conhece morreram e a má adaptação a um planeta estranho, um ganho de novos poderes e as dificuldades em controlá-los foi o que fizeram Supergirl conseguir um titulo solo durante algum tempo.
Kara teve sua origem contada várias vezes, em algumas delas a garota residia com os Kent, onde Martha e Jonathan ensinavam e criavam-na como sua filha. Em outras origens, Kara escolheu ficar em orfanatos para ser adotada por uma família real e poder ter a mesma experiencia que seu primo teve com pai e mãe adotivos, os Danvers (como decidido abordar na série de Tv).
Muito se fala sobre qual o futuro de Supergirl e sobre ela poder ser ou não mais forte que seu primo Kal. Um dos futuro escolhidos para a personagem é que ela se apaixona por um descendente de Brainicac, O Colecionador de Mundos; Brainiac5 e decide morar com ele no Século 31, se juntando à Legião dos Super Heróis. Nos Novos 52 vimos Supergirl seguir por um caminho jamais imaginado, os autores resolveram levar a história em uma viagem de auto descoberta mesclada com muita duvida, dor e raiva de uma garota adolescente sozinha no mundo e confusa sobre onde é seu verdadeiro lugar, que perdeu os pais e precisa segurar qualquer vontade que tenha, pois ha a necessidade de se esconder e ser uma "pessoa normal", com todo esse mix de emoções vemos explosões de sentimentos e devido a isso ela se uniu a tropa dos Lanternas Vermelhos.
Após o incidente com o anél do espectro emocional, Supergirl se torna parte da Liga da Justiça Unida, mas não se engane, seus problemas temperamentais não foram resolvidos, ela apenas está tentando lidar com eles de uma outra forma, tentando controla-los ao invés de deixar sua fúria desenfreada sair. Nos restas ver como ela continuará essa estrada acompanhado seus títulos ou a série que provavelmente dará um rumo novo a existência da jovem garota.
Kara é uma personagem com grande potencial no universo DC, devido ao seu teor hora de menina inocente, hora de mulher madura, ela se torna uma pessoa completamente maleável e pode ser usada em vários títulos, desde grupos jovens, intermediários e até mesmo em grandes Ligas. Todo esse processo de crescimento que os Novos 52 forneceu a ela fez com que ela ganhasse notoriedade ao olhos do publico, principalmente o feminino. Vendo uma grande dose de Girl Power correr por várias revistas (e lugares da galáxia).


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