sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Análise QD: Mundo Trovão!

        A próxima análise a ser feita é a do Mundo Trovão. Muito se discute nas paredes do ExtraExtra sobre essa edição; contrastando com a densidade da edição anterior,o Mundo Trovão vem para quebrar esse estigma que Pax Americana impôs sobre as HQs não serem unicamente para diversão. Grant Morrison trabalha com muitas dualidades nesse seu projeto, o que muitas vezes pode parecer contraditório, na verdade são apenas exposições de simples idéias que -diferente do que alguns dos leitores difíceis de hq pensam- não precisam estar em conflito umas com as outras.
       O Mundo Trovão é a revista com o contexto aparentemente mais leve da Multiversidade, mas não se engane, ela possui muitas informações para o contexto dessa história, talvez mais do que qualquer outra. Aqui vamos entender como pode ser possível o trânsito entre as terras da Multiversidade e alguns contextos que desconhecemos sobre outras terras.


       Com o declínio das historias em quadrinhos nos anos 90, o público ficou um pouco mais exigente, já que antes tinham toda a inovação de conteúdo proveniente aos exageros e contextos históricos dos anos 80, a década seguinte pode ter vindo de forma decepcionante nessa área. Os anos noventa foram uma época obscura para os quadrinhos, tudo parecia já ter sido inventado, nada desafiava o padrão das editoras, o publico precisava de novos conceitos que ninguém estava conseguindo atingir, então dentre todas as pérolas surgiram algumas HQs realmente relevantes para a história dos comics, como os Invisíveis do próprio Morrison, Starman do James Robinson e A Morte do Superman, além de novas editoras terem ganhado vida, somo a  Image que vem crescendo mais que qualquer outra nos últimos anos e a Vertigo, por isso hoje em dia vemos as pessoas darem muito mais valor à HQs densas desvalorizando as de puro entretenimento simples, e é isso que Morrison julga quando faz esta edição. Uma edição leve, descompromissada que pode ser lida em 20 munitos e ainda assim tem uma grande relevância no arco.
        Agora que já fizemos as considerações iniciais, podemos falar desta terra incrivelmente bonitinha da DC COMICS, o Mundo trovão é a terra n° 5 no mapa do Multiverso, uma terra que vive em meio a inocência da sociedade dos anos 40, a década em que o herói foi criado, por isso vemos essa mesmo inocência prevalecendo até os dias de hoje neste personagem, alguns -maioria- dos escritores prefere manter o Super Herói com esse ar gentil, o que casa perfeitamente com  historia do personagem, uma vez que seu alter ego é um garoto de no máximo uns 13 anos de idade -na maioria das versões-.

         O Capitão Marvel foi inicialmente publicado pela Fawcett Comics em 1939, porém devido a uma briga com a empresa que conhecemos hoje como DC COMICS, que durou dez anos pela acusação de plágio deste mesmo personagem, ( a DC alegava que ele fora 100% baseado no Superman) a editora acabou falindo e teve de vender seus personagens mais conhecidos para a Charlton Comics em 1953( em 1972 quando a Charlton faliu e a DC comprou uma boa parte dos personagens desta editora e dos antigos da Fawcett, incluindo o Cap. Marvel).


       Depois de algum tempo, a DC decidiu agregar definitivamente o personagem em sua cronologia, porém tendo sua origem modificada em alguns pontos, já que ele precisava se incluir nas histórias da Liga da Justiça e afins. Mesmo que em algumas versões vejamos Billy Batson na DC, também há aqueles arcos fechados onde a história se foca unicamente no herói sem vermos o universo DC em volta, o exemplo mais recente deste caso foi em 2007 com "SHAZAM!- E a sociedade dos monstros" de Jeff Smith. Porque estou contanto tudo isso? Calma, ja já chegaremos lá.


      Algo que percebemos logo no começo dessa edição, é que ela parece continuar a história vista anteriormente em Shazam!- e a sociedade dos monstros. Jeff Smith termina seu trabalho colocando o jovem Billy para ser Repórter de rua do jornal Whiz (que é o nome da revista onde o Capitão Marvel fez sua primeira aparição) de Fawcett City (cidade que leva o nome de sua editora original), e é exatamente assim que a edição de Morrison começa, com Billy cobrindo uma reportagem de tremores pela cidade. Um dia normal para a terra 5, mas algo multiversal está acontecendo.
       A trama encontrada aqui é que o Doutor Sivana tem um plano -dessa vez realmente- mirabolante para enfrentar o Time Marvel, ele decide fazer o seu próprio time para combater esses pestinhas. E assim nasceram os Meninos Sivana Poderosos, usando seus ultra super poderes para cometer crimes e usar suas forças para o mal.



Então você pergunta, como, depois de mais de 75 anos ele conseguiu fazer isso? Ele convidou seus "eus" parelelos para uma ComicCon do mal, e como 52 cabeças maléficas pensam melhores que uma e descobriram como realmente trazer caos para essa terrinha pacata.

Nota:

Fuck yeah!
Awesome!
Nice.
OK.
Tem que benzer.

E por isso a nota de Multiversidade: Mundo Trovão é...



AWESOME!


Mesmo pondo todo o multiverso em risco, a revista se mantém simples e divertida até seu final, usando de chacotas, trocadilhos e pegadinhas para manter seu humor.






2 comentários:

  1. I haven't read about Shazam in a decade or so. This one looks good, though. By the way, I just read your post about Chrononauts and it was great. You seem to be a bit of an expert in Mark Millar. Anyway, I also wrote about Millar's miniseries in my blog (wich I encourage you to visit):

    www.artbyarion.blogspot.com

    I hope you enjoy my review, and please feel free to leave me a comment over there or add yourself as a follower (or both), and I promise I'll reciprocate.

    Cheers,

    Arion.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hey Arion,I'm so glad you liked. Course we're gonna keep it up with your blog. It's so good when someone see our job. Actually I'm gonna see you blog right now, so don't be scary if I leave lots of comments hahahahaha. Here in Brazil it's kind a difficult got this feedback so I'm pretty happy you contact us (; And sorry for my English, I did my best.

      Excluir